quarta-feira, julho 11, 2007


Retrato em pó de uma criança que se julgava intocável, dono de uma imortalidade muito própria. Pura ilusão. A magia quebrou-se, a morte tão perto, o medo tão vizinho. Como era bom que o sonho de poder voar sem asas sobre os tectos do mundo se mantivesse aceso, como facho a arder em olimpíadas de fértil imaginação. Hoje, o homem que se ergue das cinzas de uma verdade tão crua, treme por entre as trincheiras do incerto. Como custa encarar a realidade tão absurdamente magoada, tingida de branco, pintada de nada.
Quero fechar os olhos e reanimar a força que sempre tive. Temos uma missão neste mundo rodeada de objectivas, panóptico divino na esperança de não falharmos as regras jogadas. Sou poeta na vida, vivo na esperança de beber venenos e sobreviver cinicamente acima deles. Pura ilusão mais uma vez.
Descobri-me e sou igual. desço o pedestal de glória por segundos. Volto a escalar voando, tudo graças ao amor que me dão, que me dás.
Obrigado pela vida, pelo amor que me deram e que me dão. E a ti, obrigado pelo amor que me fazes sentir!