terça-feira, novembro 28, 2006

Agradecimento a um Charro a meio da manhã

Bate um vento claramente, ou melhor, não bate nada... nem o vento pela calçada que me acolhe. Tenho ventos em que vi tempos sem espaço, um telhado apenas com protecção de estilhaço.

Ela bate com força enquanto tomo o café, o café diz a chávena em tom de creditação do nome, como se fosse necessário um embrião de letras para o provar!

Ah que digo eu?!
Mil nuvens me atacam, que me apetece escrever mal para fazer guerra ás gramáticas, que são escolas e prisões de engenheiros da escrita!

Quem lhe deu autoridade?
Eu não! Nem darei!
Apenas direi escrevendo que não direi absolutamente nada, porque não nasceu ainda quem compreendesse o absurdo e a liberdade!

domingo, novembro 26, 2006

Mário Cesariny

A Pena Capital Queimou a cidade...
O Poeta morreu
na presença eterna do sonho que escreveu...

quarta-feira, novembro 22, 2006

Poema

Café
Fumo
Alcool
Sonho



O Artista
nasce do fumo
da geração espontânea do vício
da arte

Sim!
O vício da arte
Racionalismos esventrados
pela sensibilidade do Poeta



O homem deixa de o ser
quando nasce o Artista

A cara multiplica-se
nas máscaras da Poesia
Ah a Poesia... do Café do Fumo do Alcool e do Sonho

A Poesia A Poesia
O Poema

Abandono

Uma rua abandonada na calçada caminha por entre sombras do que já foi erguida.
As paredes escuras e sujas pelo tempo são lavadas pelas lágrimas da chuva, que fazem suar a rua com medo do abandono instalado!

Oh Solidão!
Poucas pessoas são as que te pisam, rua sozinha!

Que amargura é esta que busca quem passa tão somente para te pisar apressadamente?
Uma calçada que chora em prantos de vivos mortos, esperando a noite que sonha na presença das prostitutas, dos marginais, dos homens sozinhos, dos inspectores de ninguém!

Oh rua abandonada nas pedras da calçada fétida de mortandade... chora...
Chora alto a tua Solidão!

Ri-te Palhaço

Que tristeza tão grande é capaz de suportar uma gargalhada?

O Palhaço levantou-se da cadeira e começou a andar depois parou depois andou depois parou e andou ou andava parado ou parando e parado andava como que caminhando com desgosto para falsear uma gargalhada que roubava outras gargalhadas que pagavam para o ver rir chorando ou tão somente chorar a rir para não chorar diante de gargalhadas que riam sem saber que lágrimas de uma dor imensa gotejavam em cascata por entre as pedras moles da sua alma.

Entretanto o Palhaço parou diante do espelho e viu um rio um mar um rio com ondas e um mar de água doce... e soltou uma grande gargalhada... a gargalhada ecoou tão alto de tal maneira que o rio agitado secou e o mar parado cresceu

O Palhaço morreu e o seu publico Chorou... mas chorou porque pagou a gargalhada porque no dia seguinte ninguém se lembrou das gargalhadas das pedras moles que choravam do saltimbanco que parado andava e que andando parava

Ri-te Palhaço
Ri.te agora que nasceste!

quinta-feira, novembro 16, 2006

sexta-feira, novembro 03, 2006

Que Verdade ... Que Mentira ...

Ando no Sonho como um cavalo livre, galopando por montes e serras de algodão, saltando obstáculos de relãmpagos num espectáculo de luz com sabor a desconhecido.
Quando o meu coração se abre ao som da visão, sinto a realidade que me penetra, sufocando e libertando como o galope a cavalo do sonho em que dormia.
A Verdade surge na universal pessoalidade da circunstância. A Verdade é espelhada na constância de tudo o que é inconstante, até mesmo na Verdade da Mentira...
Mentira: essa não verdade verdadeira que mais não é que uma tentativa de representação em palcos de teatro de tudo o que é verdadeiro.
Penso na Verdade como uma Mentira: a imposição de teorias normativas ditadas pelo senso comum.
Quero libertar-me e romper ferozmente todas as algemas interlaçadas que nos fazem acreditar que a verdade não é a mentira instalada e aceite. Quero fazer a apologia da Mentira enquanto verdade! Mas então serei verdadeiramente mentiroso e igual a todos os que querem fazer da Verdade a instituição a seguir!
Por mais que queira ser diferente ao aceitar a mentira como verdade, serei também o cavalo de batalha que outros foram para justificar o contrário daquilo que digo.
Assim prefiro voltar ao sono, e andar nele como um cavalo livre, galopando por montes e serras de algodão...
Que Verdade esta Mentira!
Que Mentira esta Verdade!

quinta-feira, novembro 02, 2006

Textos Dum blog esquecido... o meu primeiro!


Ás vezes fico com vontade de desistir de tudo... fico a pensar se não me estarei a iludir! Podias mostrar mais afecto, podias mostrar que eu sou importante, mas tens reacçoes que me fazem sentir o contrário, me fazem sentir mais um no meio de milhares!Nunca pensei amar assim alguem.... nunca imaginei sequer ficar assim tão dependente de alguem como estou de ti! sinto-me uma pena que precisa de tinta para poder escrever tudo o que sonho, o que desejo... apetece-me voar rente a um mar de sentimentos e mergulhar em espumas de paixão! É dificil dizer aquilo que sinto por ti, mais dificil será mostrar isso tudo, é dificil porque me sinto pequenino quando a vontade de te beijar desabrocha como flor, como uma flor k sente k deve nascer a todos os segundos de uma respiraçao acelarada!Mas sabes... por mais que eu queira desistir de ti, mais tentadora ficas, mas inesquecivel te tornas... mais teu me transformo... com mais intensidade te amo!
Monday, April 18, 2005

Sinto que passo por ti, não aquele que passa ao lado, mas aquele passo que penetra na tua essencia de espírito á deriva, que precisa de me ver de uma maneira que quer mas não pode! Sinto que gostas, sinto que queres que goste tambem, sinto que sabes que gosto sempre com medo do não ser verdade! Sinto que quando te toco preciso de um beijo, aquele beijo de mel que estás á espera que to ofereça... Mas sabes uma coisa?VEM CÁ ROUBA-LO!!!
Sunday, April 10, 2005

Porque razão andamos aqui? Só deviam ser admitidos na vida aqueles que fazem alguma coisa... alguma coisa que valha a pena para o crescimento saudável da cabeça e da alma! A inutilidade é viciante e mortal, a inércia sua filha e mãe de todos os vegetais humanos, que podendo remediar aquilo que não fazem, sentem o prazer orgasmico de nada fazer! De repente ha uma vontade de fazer alguma coisa, mas quando chega a hora, vamos ser irresponsaveis, porque não ha força de vontade! Esta é a sociedade de hoje, a sociedade marcada pela imitação ridicula da ridicularidade da vida cor de rosa, daquela vida que tem interesse para os desinteressados de viver! Tudo é fácil... tudo se arranja... mas realmente quando vamos abrir a nossa caixa da vida, só encontramos pó e vento! e já está na hora de morrer, de partir para o desconhecido... impotentes de fazer aquilo que interessava, porque nesse preciso momento em que descobrimos a força de mudar o rumo, normalmente toca a badalada do ultimo suspiro!
Tuesday, March 29, 2005

Tenho a ideia de que o poder da sugestão está em nós se nós quisermos que ele lá esteja... gosto de saber que penso aquilo que estas a pensar, sendo que o que estou a pensar é aquilo que possivelmente queres que eu pense... isto é aquilo que queremos os dois pensar mas temos medo de não estarmos em conexão de pensamento.... sendo que na realidade estamos! Agora só nos resta mergulhar numa inconsciencia consciente, numa aventura de jogos e palavras que querem dizer verdades e roçam subtilmente aquela verdade verdadeira, que parece indecente se for dita directamente...um atrevimento que so sabe bem escondido na subtileza da gramática! hummm... apetece-me mandar um berro, mas axo k apenas o vou gaguejando aos poucos... é assim que queremos... é assim que vai ser, até ao dia em que a subtileza ja seja demais evidente...
Wednesday, March 23, 2005

As vezes fico a pensar... faz tao mal pensar! temos é de viver as nossas vidas sem o pensamento por perto, essa maquina de racionalismo, k nos tira a juventude! devemos é sentir.... nadar no coração e fazer akilo k nos vem bem de la de dentro... todas as inconsciencias k sao o condimento ideal para viver....
Friday, March 18, 2005

Que delirio, que delicioso... esta busca para encontrar os meus braços, que se perderam por esse mundo a espalhar dedinhos de magia, momentos especiais, momentos que ficam, nos provocam o riso mesmo quando tudo parece não fazer sentido... puhhfff... que delírio, que delicioso...
Thursday, March 17, 2005

Olhar brilhante...
Gosto de olhar as pessoas, de fixar o brilho dos olhares... uns enevoados, outros bem limpos...Através do olhar, vemos o verdadeiro EU, aquele que sem palavras não nos consegue mentir! Aquele, que como água, nos leva na forte corrente do conhecimento dos pensamentos e das condutas.Chego a uma conclusão: Nós podemos ser tudo aquilo que queremos e que não queremos... podemos ser tudo aquilo que existe, pois aquilo que é, foi criado para ser usado. E á medida que vamos crescendo, vamos tomando nota de tudo o que a vida nos mostra e entrega... E aí, enchemos os nossos olhos de vários brilhos, e, como actores que somos, vamos representando os nossos papéis enquanto existimos... Guiões? os BRILHOS DA VIDA!