sexta-feira, novembro 03, 2006

Que Verdade ... Que Mentira ...

Ando no Sonho como um cavalo livre, galopando por montes e serras de algodão, saltando obstáculos de relãmpagos num espectáculo de luz com sabor a desconhecido.
Quando o meu coração se abre ao som da visão, sinto a realidade que me penetra, sufocando e libertando como o galope a cavalo do sonho em que dormia.
A Verdade surge na universal pessoalidade da circunstância. A Verdade é espelhada na constância de tudo o que é inconstante, até mesmo na Verdade da Mentira...
Mentira: essa não verdade verdadeira que mais não é que uma tentativa de representação em palcos de teatro de tudo o que é verdadeiro.
Penso na Verdade como uma Mentira: a imposição de teorias normativas ditadas pelo senso comum.
Quero libertar-me e romper ferozmente todas as algemas interlaçadas que nos fazem acreditar que a verdade não é a mentira instalada e aceite. Quero fazer a apologia da Mentira enquanto verdade! Mas então serei verdadeiramente mentiroso e igual a todos os que querem fazer da Verdade a instituição a seguir!
Por mais que queira ser diferente ao aceitar a mentira como verdade, serei também o cavalo de batalha que outros foram para justificar o contrário daquilo que digo.
Assim prefiro voltar ao sono, e andar nele como um cavalo livre, galopando por montes e serras de algodão...
Que Verdade esta Mentira!
Que Mentira esta Verdade!

1 comentário:

Luís Pereira disse...

de facto cada um dos teus textos é 1 caixinha de surpresas....quando os leio fico com as ideias baralhadas...é 1 misto de revolta e de frieza nas palavras, mas é também um toque de firmeza, é a realidade por mais dura e crua que ela possa ser!!!...mas eu acredito que um dia, cá ou alem, ou ate em nenhum sitio a realidade nos vai presentear com o que cada um merece, porque nós nao andamos nesta vida apenas para trabalhar e sofrer...
vou continuar a abrir os presentes que tens dentro dessa caixinha,porke na realidade esses textos, e tu, merecem-no;)