quinta-feira, julho 13, 2006

Ao correr da respiração...

Gostava, por momentos, de parar de pensar...
Sinto os braços pesados de todas as correntes que arrasto na vida...
quero rasgar a roupa
quero que tudo arda
quero e não quero, mas é não querendo que continuo a querer... indecisões!

O que é a vida , senão um mar de ondas encapeladas,
de correntes e contra-correntes agitadas
de vermelhos de fogo e laranjas de sol...
o que é a vida... se nao esses momentos, esses gomos de respiração acelarada, que nos entra sangue dentro... numa corrida que não acaba...

Não acaba?

que ilusão...

A vida pode acabar mesmo que respirando...
a respiração pode ser morta mesmo que acelarada...
e caio neste absurdo real ou neste real absurdo
de absurda ou realmente acreditar no que estou a escrever...

sinceramente...
ja não sei o que escrevo...
afastei-me do que queria dizer... ou possivelmente não me terei afastado...
apenas segui o correr do pensamento
que vai abrindo janelas a todo o momento...

e volto ao início...
gostava de, por momentos, parar de pensar...
é tão fascinante acreditarmos no impossivel...
e a vida está aí mesmo...

nesses espaços em que acreditamos poder fazer algo que realmente não podemos... ou podemos?

voltei...
ao absurdo...
e, por isso... ao real...

não saio deste circulo grande ...
mas ainda bem...

o sangue continua acelarado... e faço por viver...
não morro...
direi...
que nao morrerei...
na vida que se mascara de morte em carnavais diários...

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