terça-feira, julho 11, 2006

Mascara que sou

Andas pela calçada, de cabeça baixa, num mundo de ditaduras emotivas... onde o amor é cativo da sua própria liberdade...
Andas pela rua, em busca do mar, de ver ondas agitar em correntes e contra-correntes que correm livres em natureza...
Andas sozinho, andas no meio de uma multidão de 1000 pessoas e sentes.te só!

De repente páras...
Encontras um espelho no meio de uma rua escura...
E reparas que és apenas uma máscara de ti próprio, uma máscara branca...
E reparas que seguras nas mãos um guião duma peça que não é a tua, onde o papel principal é delegado para segundo plano... e tu constróis uma personagem figurante!

Olhas para o fim da rua...
E desenhas todas as tuas fotografias de tudo o que foste não sendo!
E pintas todas as aguarelas de nevoeiro que foste não sendo!

No fim da rua existe um clarão...
Nesse fogo está a sociedade de que foges, aquela sociedade que te maltrata por não te respeitar, aquela sociedade que temes a tempo inteiro, não por vergonha, mas por motivos!

Caminhas em direcção á luz...
Não tens de gritar em desabafo público aquilo que sentes...
Apenas tens de sonhar que podes sentir o que és... viver essa realidade...

No fim da rua...
A máscara caiu
e foste tu...
e tao simplesmente...
SOU EU!

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