terça-feira, setembro 19, 2006

A minha irmã Solidão

Encontro-me sozinho neste espaço de ninguem, esperando que possas aparecer. Espero sem cansar as pernas, os braços, sem esgotar a paciência. Sinto-te cada vez mais longe se perto.. A ância de te ter tornou-se numa obcessão fria e cruel que me turva os ossos e me petrifica o cérebro, mas não esgota as correntes fortes do meu coração.
Caio num sonho, numa ilusão estranha.. meu amor!
Um jardim feio e podre se desenha, uma casa velha e de uma imponência elevada se ergue, como se espectros de mortos-vivos vagueassem noite e dia sem que todo o breu perca a sua poderosa aparência.
Sou o fantasma de mim mesmo, não aceito a minha desgraça, apareço altivo ao cimo de umas escadas mortas pelo tempo, em vestes alvas como se quisesse mentir á minha alma que não tinha morrido antes do tempo..
Meu amor não sei quem és.. só conheço o meu próprio silêncio! não.. não posso aceitar a morte que me ocupou... vejo-me em retratos que ecolheram a minha imagem que sempre foi grande! Queria tanto viver e já não me restam forças para agarrar a vida!
Cheguei ao ponto do não retorno e imagino na solidão da noite um amor que não conheço, alguem que abraço a tempo inteiro numa ilusão que não cessa!
Vou dar um ponto final a esta batalha, a esta imaginação, a esta esquizofrenia que me faz sonhar em algo que não terei, e me faz criar em sonhos uma imagem que não vivi mas sonhei!
Quero Fornicar a morte... está decidido! A solidão ganhou a guerra e caio morto com a imagem de mim mesmo... aquela imagem que me acompanhou a vida inteira! a minha irmã Solidão..

2 comentários:

Luís Pereira disse...

bem, li, nao compreendi, reli, voltei a nao compreender, finalmente voltei a ler e voltei a nao perceber completamente....nem quero perceber!! porque as coisas lindas e fantasticas k escreves n tem k ser compreendidas mas sim sentidas...
acreditas k m tens fascinado tds mas tds os dias...
tas ca dentro rapaz, mesmo dentro, nakela part ond s gurdam as pessoas k s gosta...e digo isto, sem tar a ser precipitado...
um grande, forte e terno abraço em ti!!;)

Anónimo disse...

"cheguei ao ponto do não retorno" é um início de frase lapidar. começei agora um blog.