terça-feira, dezembro 12, 2006

Espiral

Inicia-se um novo voo, numa noite iluminada, luz som de estrada em escadas que se acolhem em gritos tão altos como o meu próprio que não é meu, mas teu, sendo que eu sou tudo aquilo que és nesse grito cessante que não pára.

Rebento-te uma lãmpada incandescente num pedido de socorro, num abraço afastado onde o teu corpo volta a ser o abrigo imaginado para o vício das minhas unhas. Arranho-te! Arranho-te todo e toda nesse objectivo parolo, indecente mas sequioso, fruto de palpitações não racionais esventradas nas máscaras nossas dos caminhos que não começam nem acabam...

Onde não há limites nem possibilidades aparentes para recomeçar um novo ciclo de olhares agressivos e ácidos que me drogam numa alucinação arrepiante e vertiginosa como a sensaçaõ do teu sangue. Sabor enroscado no prazer do meu. Ai pára...





(cadáver esquisito de Red Beno e Ruy de Villa Real)

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